terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Fantasia de um Carnaval

Eu tenho um palpite nobre
que todo me cobre de tanto vigor
Me vem um sorriso a qualquer instante
estando distante de um possivel amor.
E nessa bela dama que hoje me lembro
de que em nenhum momento
sou feliz sem dor.
Vivo a sofrer, e a perder e a chorar
tendo uma inspiração para poder cantar
Há muito tempo eu ouvi calado
e quis ser amado mas sem entender
que o calango dessa nossa valsa
é quem em rede me embalça de querer viver.
Ainda caminho pela esperança
de uma criança que sempre sonhou
E vou fazendo dessa utopia
uma ritmia que em sonho brilhou.
Aguardando aquela deusa que aqui passa
e o futuro embaça de vir a viver
Mas até a tristeza me dá alegria
pois só nessa fantasia é que quero morrer.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Carta de Despedida

Esse sol de verão nunca foi tão frio
e esse vento, um dia me acolheu
Caminho ao longo, cada vez mais sozinho,
acariciando a jóia que você me deu.
Esta sala já não é mais a música
e a velha companhia de promessas leais
Cada vez mais sinto o eco de minhas perguntas,
esperando um sinal, uma resposta, um cais.
Não tive escolha, nada me perguntaram
não tracei, nem optei por esse fim
Os mesmos lugares, as mesmas estações
mas o tempo acabou sem esperar por mim.
À mesa de jantar, tinha alguém ao meu lado
e a mão sempre suave a colocar mais uma colher
E esse vazio da cadeira também me toma
pensando que hoje, você não mais me quer.
Fomos felizes, por muito fomos
impossivel te olhar como quem nunca te amou
Mas chegamos aos créditos de um filme mudo
lembrando de tudo e de como mudou.
Tudo acabou como num sonho
sem controle de nada, deixando-se levar.
Ao meio de coisas boas que vivemos,
só me dei conta ao acordar.
E tudo agora é tão estranho,
no ranger da escada ainda te vejo.
Mesmo tendo visto você indo,
e sem esperar um ultimo beijo.